Apresentações.

A garota por trás da voz.

Então ela estava lá, deitada em sua cama olhando pro teto e divagando sobre as teias de aranha. [...] O cabelo cor de fogo ondulava no vento, parecia ter vida, refletia a luz como se quiser dizer alguma coisa que as pessoas nunca conseguiriam entender. A voz ainda impressionava, ainda que as pessoas já a tivessem ouvido cantar milhões de vezes.

Apele branca estava, a cada dia, mais perto do transparente; gostaria queria que as pessoas pudessem ver sua alma através dela. Nunca foi a mais gorda da turma, mas um dia resolveu emagrecer, e começou a se preocupar demais com isso; nunca parecia satisfeita. Ainda assim a achavam bonita, envolta em todo o seu mistério melancólico que não deixava ninguém se aproximar demais.

Ela poderia ter qualquer garoto se o quisesse. Mas há um tempo atrás, ela quis o impossível e não consegiu; hoje ela não quer mais ninguém. Para ela, isso bastava. Os olhos eram castanho, cor de um chocolate fluído, que eram muito mais bonitos do que qualquer outro azul, por causa de sua profundidade.

Ultimamente eles andam meio turvos, embaçados pelas lágrimas que se esforça pra não deixar sair. Tinha uma campainha que não escutava, um telefone que nunca tocava. Tinha uns pés pequenos que viviam se balançando por causa de uma ansiedade que não sabe de onde vem. Acima de tudo, ela tinha uma enorme solidão.

Esse texto foi retirado do meu outro blog http://www.cucaine.blogspot.com/, que não é um blog ana.